Seria cômico se não fosse tão trágico, mas realmente posso afirmar, Nasce uma mãe, nasce uma culpa!
Posso afirmar pela minha própria vivência pessoal bem como profissional que esse sentimento é intrínseco a grande maioria das mães ao passarem pela experimentar a maternidade.
De certo, que é numa soma de sonhos e expectativas que o nosso imaginário durante a gravidez vai construindo o que será a nossa Maternidade. Literalmente o que acontece geralmente é aquela brincadeira: Expectativa X Realidade, não é mesmo?
Falo isso, não no sentindo da maternidade ser ruim, não de jeito nenhum. Mas por ela ser como costumo dizer: um mar revolto cheio de desafios, para muitas vezes nosso barquinho pequeno, sem muitos recursos, informações. Porque na verdade, por mais que se estude e se prepare para ser mãe, a maternidade sempre trará consigo os conteúdos inusitados.
Porque nos sentimos assim?
A culpa é um sentimento próprio da nossa humanidade, que denuncia nossa natureza finita e nossa imperfeição. Assim ela faz de nós mães humanas e não super heroínas como muitos dizerem por aí.
Dessa forma, é no exercício da nossa maternidade que nos descobrimos:
- Sem respostas exatas
- Com poucas ou nenhuma solução perfeita
- Sem operações matemáticas ou métricas que nos indique um caminho certo e absoluto.
- Literalmente imperfeitas, incapazes ou em construção.
Digo isso, porque hoje no meu terceiro filho descobri que a o ser mãe não nasce pronta junto quando tira-se o bebê da barriga. Assim, o ser mãe se constrói junto com o filho, e se modifica a cada filho, e se consolida com a prática. No entanto, sempre vai haver espaço para erros e acertos, e para construir novamente e diferente.
Atenção mãe, não se cobre tanto.
Primeiramente, é importante gastarmos tempo com o autoconhecimento. Assim, tomar consciência das nossa virtudes, dos nos acertos, pois muitas vezes temos autoconhecimento só dos nossos defeitos, já parou para pensar?
Se partirmos desse princípio consciente de que não somos perfeitas, e que vamos errar e que jamais conseguiremos abraçar o mundo inteiro, já conseguiremos caminhar nessa construção de maneira mais leve com toda certeza.
Assim, nunca perca a oportunidade se olhar com olhos generosos.
O sentimento de culpa é saudável?
O sentimento de culpa tem uma função, tem sim um objetivo. Através dele, somos chamadas a responsabilidade, ao nosso dever. Dessa forma, o objetivo dele é nos proporcionar uma auto avaliação com intuito de constantemente avaliarmos a nossa caminhada, concertamos os nossos possíveis erros e caminharmos em frente.
De forma alguma a culpa deveria nos trazer um peso em excesso, uma tristeza improdutiva e paralisante.
Quando a culpa paralisa, atormenta…
Quando a culpa que você sente se transformar em paralisia, medo, tormento, sentimentos de incapacidade e improdutividade constante é hora de pedir ajuda! Busque um psicólogo, terapeuta para te auxiliar.
Filho de mãe com sentimentos de culpa
Filhos de mães com sentimento de culpa exagerado podem crescer inseguros, medrosos em excesso, pois eles também se sentirão culpados.
Dessa forma, as crianças tem uma capacidade incrível de captar e se apropriar do sentimento da mãe e sim, compartilhar dele. Nesse sentido, esse processo desajustado de culpa pode acabar desencadeando um processo de adoecer de toda a família.
Mães saudáveis e felizes educam filhos saudáveis e felizes.
Em fim, mamães se permitam ser felizes na Maternidade, nos desafios, na falta de respostas.
Riam de vocês mesmas, vivam a leveza de saber que você é imperfeita e nunca alcançará a perfeição, isso não nos pertence!
No entanto, o dia que quiser chorar chore também, não precisamos ser exemplos impecáveis de força.
Tenha consciência dos valores que vocês desejam passar para seus filhos através da sua educação. Se conecte-se consigo mesma e com seu filho e seja Feliz!
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