Castigo ou consequência? Você sabe a diferença? A diferença é bem sutil, no entanto, pedagogicamente faz muita diferença o resultado dessas duas ações. Então se você também diz:

“Tô cansada de colocar meu filho de castigo, e não resolve nada. Ele sempre se comporta mal. Não sei mais o que fazer!” Vem comigo, leia esse post até o final porque quero te ajudar.

Existe diferença, entre castigo e consequência?

Sim existe diferença. E a diferença inicia no aspecto de responsabilização. Geralmente, quando se pratica o castigo a responsabilidade da ação é dos pais, o peso da correção é deles também. Ou seja, o pais é o responsável por ver o mal comportamento e punir a criança pelo feito.

Outro grande perigo do castigo é a normalização o castigo. Mas do que isso se trata? Inicialmente a criança pode até sentir, se chatear com o castigo, no entanto, com o tempo ela se acostuma.

Assim, ela assimila o castigo, por exemplo: “Desobedeço e vou para o quarto. Tá ficar no quarto é ruim, mas como eu quero tanto desobedecer, fazer isso que minha falou para eu não fazer, tudo bem ficar no quarto por isso!”

Dessa forma, o castigo comumente fica banal. O resultado disso é: pais cada vez mais estressados com o processo de educação, mais pesados e filhos cada vez mais desobedientes.

Certamente, com todo esse processo o mandar para o castigo vai sendo com cada vez mais, raiva, intolerância , por parte dos pais, visto o cansaço de todo esse processo.

Assim, proporcionalmente ao comportamento agressivo dos pais a criança por sua vez, vai ficando cada vez mais irritada, revoltada e o pior ela não aprende nada com isso. Ou seja, continuará mantendo o comportamento.

Entendo a aplicação da consequência ao castigo

Primeiramente, o que é necessário ser alterado quando se propõe educar com consequências, é o comportamento dos pais. Assim, a forma com que o pai e a mãe conduz esse processo influi diretamente no resultado. Afinal, o seu objetivo é ensinar para o seu filho que toda atitude dele produz um resultado, uma consequência.

Dessa maneira, o foco da intenção dos pais ao invés de punir deve passar a ser educar. Assim, a consequência deve ser aplicada com respeito, com firmeza e gentileza.

Assim, como deve acontecer na prática, os pais precisam trabalhar com os filhos a noção de responsabilização de forma que cada ação possui uma consequência especifica, e não algo generalizado.

Consequência na prática

Dessa forma, quando a criança não faz a lição tem uma consequência específica para essa atitude. Por exemplo: se ela não fez a lição hoje uma consequência possível seria, levar a tarefa sem fazer na aula e naquele dia no horário que ele teria um tempo para fazer algo que ele goste ele colocaria as tarefas em dia.

Se uma criança responde mal o irmão, por exemplo, uma sugestão seria: “bom acho que você que ficar sozinho, mas o eu não quero. Filho quem trata as pessoas mal acaba ficando sozinho, ninguém quer brincar com alguém que faz isso”. Por isso, sim você vai ficar um tempo sozinho.

Um exercício bem interessante de se fazer com a criança é: “Vamos pensar juntos, o que você fez? Como você poderia fazer diferente. Eu também não gostaria que você ficasse sozinho, mas é isso que você está escolhendo fazer.”

Dessa maneira, você como mãe tá livre de ser a mãe má e pode se solidarizar com a criança e conversar com ela sobre o que está acontecendo. Assim, você dá a oportunidade para a criança pensar, sentir, perceber o outro.

Certamente, esse processo não dará resultado de um dia para o outro. No entanto, com constância e firmeza esse processo vai demonstrando a criança que há uma responsabilidade dela com o outro, com suas escolhas, e que ela é quem vai experimentar o resultado das suas ações.

Papel dos pais no processo de consequência

Os pais tem um papel fundamental nessa construção como os filhos, e sair do lugar de malvado e assumir o papel de parceiro faz toda a diferença na conexão. Assim, os pais devem ser parceiros de seus filhos, para ajuda –los a fazer as melhores escolhas, e não rivais ou carrascos.

Assim, a escolha das consequências precisa fazer sentido com o que a criança fez. Se não faz sentido algum, vira castigo de novo entende? Assim, a escolha entre castigo ou consequência ela é diária. Ela é sempre dependerá de como o diálogo e responsabilização irão acontecer.

Dessa maneira, a reflexão constante deve ser: ” o que eu quero ensinar a criança com essa consequência”. De forma que, fique muito claro para ela que toda atitude conta uma história e tem um resultado.

Sua mudança de postura produzirá novos resultados

Existem dois motivos pelos quais as crianças mudam seu comportamento e é pensando nisso que é preciso como pai fazer a escolha pelo estilo de educação nesse dilema: “castigo ou consequência”.

  1. Pelo medo, e sem reflexão: Dessa maneira, a alteração do comportamento é temporária, daqui a pouco certamente a criança repetirá o mal comportamento, visto que não houve aprendizado.
  2. Por uma razão simples e verdadeira: “Para mim, criança fez sentido mudar, visto que eu entendi quero não quero vivência essa consequência, pois entendo que quero outros resultados para mim”. Assim, a criança começa a desenvolver seus próprios valores.

E essa é a profundidade do processo de educação, é a construção de valores que eles levarão para o resto da vida!

A transformação trará resultados

A partir do momento, que você começar a colocar em prática esse processo, você verá. Certamente, sua vida vai ficar muito melhor, sua casa vai ficar melhor, mais leve. Afinal, quando os pais ficam melhor, as relações ganham.

O jogo de poder e de quem ganha e perde implícito no castigo sai de cena castigo e os pais ficam livres para serem parceiros na construção de valores dos seus filhos.

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